O coração percebe quando tudo se encerra,
Mesmo assim, implora por mais uma chance.
O olhar se ilumina em frágil esperança,
Esperando que a recusa se desfaça na espera.
As mãos percorrem a pele com ternura e calma,
Como se o toque reacendesse a paixão silenciada,
Na tentativa de mostrar que o amor não acabou,
E que o sentimento ainda existe na alma.
Mas o sonho é apenas um devaneio,
A verdade fere e é ela que permanece,
A ausência ecoa em silêncio no coração,
E só o tempo transforma dor em cicatriz antiga.
Dizer adeus às lembranças felizes dói no peito,
Sobretudo quando palavras duras saem sem motivo,
Ferindo a alma e minando todo sentimento,
Vão apagando, pouco a pouco, o que restava do sonho antigo.
Carlos Alberto Santos