Nem tudo que reluz é ouro.
A pouca idade faz a gente passar por situações inusitadas, talvez com a experiência poderiam ter um outro desfecho. Como diz o ditado: Vivendo e aprendendo.
Certa vez eu estava voltando de *Carlopolis - PR para São Paulo e depois de mais ou menos duas horas na estrada, resolvemos parar em um Posto para descansar e esticar as pernas.
Quando estávamos prontos para partir, surgiu do meu lado, uma cigana com uma criança no colo. Acho que essas pessoas se teletransportam, pois é incrível como surgem de repente, assim do nada. Contou uma história triste, emocionou a todos no carro e quase nos levou as lágrimas.
Ela percebendo a nossa reação, tratou logo de oferecer uma pequena pepita de "ouro", por um valor aquém do que valia, seu argumento final, foi que simpatizou conosco, e que estava vendendo para poder alimentar e comprar remédios para sua filha.
Naquele momento, um dos meus amigos insistiu para que eu comprasse,
insistiu tanto, que eu na minha inocência e pensando em ajudar aquela pessoa que parecia sincera, acabei ficando com a pepita.
Chegando a São Paulo esse amigo "incentivador" levou a pepita para avaliar e o resultado foi um fiasco, não valia absolutamente nada, era
ouro dos tolos.
Desejei do fundo do coração que aquela cigana fizesse bom proveito do dinheiro. Eu acredito que o maior enganado nesta história foi ela.
Seus argumentos para conseguir a ajuda não foram dignos, talvez ela tenha ficado com peso na consciência. Acho que nunca vou saber.
O meu coração ficou em paz com a ajuda que eu proporcionei.
Mas aprendi a minha lição:
- O coração as vezes pode nos trair.
- As aparências enganam.
- Desconfie do valor abaixo do que realmente vale.
- Esmola demais o santo desconfia.
- Nem tudo que reluz é ouro.
* Carlopolis - PR
Um pequeno pedaço do paraiso.
Carlos Alberto Santos