Carlos Alberto Santos
Viaje entre sonhos e poesias
Textos
Conheci Don Juan.

Essa história vou repassar,
Do jeitinho que escutei,
Se é verdade ou fofoca,
Dela nada esconderei,
Conheci este personagem,
Na cidade em que morei.

Há algum tempo me contaram,
Que tinha fama de conquistador,
Cantava mulher solteira e casada,
Tinha bom papo era galanteador,
Suas conquistas passavam de mil.
Nessa arte não era amador.

Ele tinha um problema,
Sua obsessão por mulher,
Não se contentava só com uma,
E não tinha o hábito de perder,
Insistia até conseguir conquistar,
É assim que ele gostava de viver.

Mas como diz o velho ditado,
O peixe morre pela boca,
Gostava de contar suas façanhas,
Isso era sinal de encrenca,
Parece que tinha prazer em falar,
Não estava nem aí com a bronca.

Sua fama chegou até Rosalina,
Mulher bonita dona de belas curvas,
Tinha pernas grossas e um belo corpo,
Que com ele queria tirar as provas,
A danada escondeu que era casada,
Don Juan logo iniciou as tratativas.

No dia e hora marcada,
Ele chegou no local combinado,
Foram em carros separados,
Ele bem vestido e perfumado,
Cantarolando entrou no motel,
Era mais uma pro seu legado.

Quando o carro dela chegou,
Na porta ele foi lhe buscar,
Ficou branco como uma porta,
Por Deus conseguiu escapar,
Era o marido de Rosalina ,
Que descobriu e foi em seu lugar.

Don Ruan saiu por detrás do carro,
Bateu o recorde dos cem metros rasos,
O marido ainda deu dois tiros,
Que por sorte foram imprecisos,
Dizem que até hoje ele está correndo,
E não deixou rastro dos seus passos.

Por muito pouco Don Ruan,
Não foi comer capim pela raiz,
Dizem que vaso ruim não quebra,
Ele deve estar por aí vivendo feliz,
Até encontrar outro cabra macho,
E da morte escapar por um triz.
Calbertosantos
Enviado por Calbertosantos em 07/05/2020
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